TESLA SQUAD

Podemos afirmar seguramente, que os cabos de alta tensão produzem campos electromagnéticos com intensidades na mesma grandeza dos campos produzidos por muitos dos aparelhos eléctricos nos nossos lares e ainda também que durante uma viagem de comboio estamos na presença de campos electromagnéticos mais intensos quando comparados com os postes de alta tensão.

Através do nosso estudo da intensidade dos campos electromagnéticos com a distância à sua fonte, concluímos que existe de facto uma relação. A intensidade é maior junto da sua fonte e diminui com a distância. Testámos a hipótese desta diminuição poder ser exponencial ou linear, usámos o quadrado do coeficiente de correlação para saber qual dos modelos é o mais adequado para descrever a relação, sucintamente quanto mais próximo de 1 for este coeficiente mais adequado será o modelo, um R² igual a 1 indica uma relação perfeitamente adequada ao modelo testado. 

Na análise do campo eléctrico observamos claramente que a relação é exponencial e no campo magnético observamos que o modelo linear é quase tão adequado quanto o exponencial, o que pensamos ser causado pelas dificuldades em obter valores regulares nas medições do campo magnético.

A intensidade do campo electromagnético diminui exponencialmente com a distância à fonte.

Resumidamente, podemos concluir da nossa conversa com o Investigador Ricardo Salvador que não existem evidências científicas de que os campos electromagnéticos são prejudiciais à saúde humana no nosso quotidiano, mas que estes desempenham um papel imprescindível na área da saúde, constituindo um mecanismo único para o tratamento, diagnóstico e estudo de muitas doenças, que de outra forma seria impossível de fazer. É necessário a realização de estudos mais aprofundados para que estes resultados sejam claros e assegurem a nossa tranquilidade. A opinião do Professor Eduardo Ducla-Soares não difere da do Investigador Ricardo Salvador: Não se conhecem efeitos nefastos para a saúde causados por campos electromagnéticos, porém os estudos realizados são limitados e esta relação causa-efeito carece de estudos mais conclusivos.

O Professor Ducla-Soares ajudou-nos ao fornecer bibliografia de estudos científicos realizados sobre o tema do projecto, eis o que retirámos de mais importante:

Em 1998, um estudo realizado pelo National Institute of Environmental Health Sciences dos EUA conclui que a falta de resultados e de uma relação causa-efeito não permitiram associar a exposição a campos electromagnéticos resultantes de cabos transportadores de electricidade, ao desenvolvimento de alguns tipos de cancro, contudo não foi descartada esta hipótese.  Um grupo de investigadores proveniente de diversos institutos de Pisa em Itália  concluiu o mesmo no seu estudo sobre efeitos de campos electromagnéticos estáticos, gerados por aparelhos médicos na saúde humana: a quantidade de dados  não é relevante para poder estabelecer uma relação. Quanto à radiação emitida por telemóveis e o risco de cancro, o National Cancer Intitute dos EUA denota que a radiofrequência emitida não confere riscos quanto à possibilidade do diagnóstico de cancro. Contudo diversos estudos realizados por institutos de saúde Norte Americanos revelam a possibilidade destas radiações induzirem riscos associados ao cancro. O mesmo instituto NCI já referido revela que a exposição a campos electromagnéticos provenientes de aparelhos eléctricos não apresenta, até à data, riscos para a saúde humana, contudo algumas identidades internacionais apontam para um eventual risco associado ao cancro da mama.

Todos os estudos são unânimes nos seguintes pontos: são necessários estudos mais rigorosos e complexos são para uma conclusão definitiva, até isso acontecer a exposição aos fenómenos em questão deve ser moderada e tomada com responsabilidade.